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Aspirai os Dons mais Altos

1Cor 12, 31

“Aspirai os dons mais altos”, com esta afirmação queremos começar esta meditação contigo meu irmão e minha irmã, amado ministério. Aqui neste pequeno texto, mas tão significativo de São Paulo a comunidade de Corinto, ele quer nos redirecionar a um novo caminho apresentado pelo Cristo, que ultrapassa a todos os outros até então indicados, a CARIDADE. Este último versículo do 12º. capítulo da 1ª. carta aos Coríntios, antecipa o mais famoso e mais autêntico hino à caridade narrado por São Paulo (cf. 1Cor 13).

“Aspirai os dons mais altos”

Este novo caminho revolucionário apresentado pelo Apóstolo reproduz de uma maneira nova e verdadeira tudo aquilo que o Senhor Jesus já havia anunciado. O mandamento de AMAR A DEUS E AO PRÓXIMO como o maior preceito da lei, colocando-os em planos iguais, pois o encontro com o amor a Deus passa pelo Amor ao próximo.

“Como dizer Senhor te amo, sem mesmo vê-lo. E ser incapaz de amar o outro que está ao lado e se pode ver. O que não ama, não conhece a Deus, por que Deus é amor”, cantamos, inspirados no texto de 1 Jo 4, “o amar ao próximo é inseparável do amor a Deus” (CIC 1878). Somos vocacionados ao amor, temos necessidade de amar e ser amados por Deus e este amor se refletirá naquilo que o Papa João Paulo II chama de “Escola de Comunhão”, que todos nós somos imediatamente inscritos pelo nosso batismo, que a nossa comunidade é chamada a viver intensamente. E este ministério deve ser uma ESCOLA DE CARIDADE, onde nós exercemos nosso ministério da caridade, do amor fraterno.

Nisto consiste então a revolução Cristã da caridade: o que era visto de maneira simplesmente vertical agora passa a ter uma face horizontal, como num grande abraço, pois “a caridade não tem fronteiras. Se há fronteiras, não existe caridade”, nos ensina o Cardeal Van Thuan, em seu livro, “Cinco Pães e dois Peixes”, em que narra sua experiência de exilado no Vietnã por 13 anos pelos comunistas.

“Não é cristão – meus amigos – dar como alguém que faz um favor, como quem dá de cima para baixo sentindo-se superior. Aquele a quem se dá é uma pessoa: de pessoa a pessoa. Quem dá e quem recebe tem a mesma dignidade na caridade. Deste modo, quem dá a si, recebe; e quem recebe a si também dá”, nos ensina Madre Tereza de Calcutá, e que nos diz ainda, “O IMPORTANTE NÃO É O NÚMERO DE AÇÕES QUE FAZEMOS, MAIS A INTENSIDADE DO AMOR (DA CARIDADE) QUE COLOCAMOS EM TODO A AÇÃO”. O Amor é à base de tudo. É o amor que nos faz exercer uma total entrega de si pelo outro, pois a caridade sem martírio, sem entrega de si, é nula. E o martírio sem caridade, também é nulo.

“Aspirai os dons mais altos”

Por isso, quando estamos ministrando um momento de louvor, pregando, conduzindo um momento de adoração, de formação, antes de tudo, estamos dando algo que nos foi dado desde todo sempre por Deus, e por isso, não podemos ver a comunidade com um grande auditório, mas uma comunidade de irmãos em que com todo amor e ardor somos convidados a auxiliar em mais um dos seus momentos de encontro pessoal com Deus, e por meio deles, também nós, irmos ao encontro com o Senhor ressuscitado.

Empenhemo-nos em fazer de nossa vida, de nossa família; de nosso ministério; de nossa comunidade paroquial; de todos os nossos momentos uma escola de Amor, de comunhão, de caridade. Onde Amar, seja à base de todas as ações. Amar seja o caminho de cada decisão a ser tomada. De cada sim e cada não a ser dado. Para maior glória daquele que é sem dúvida, nosso maior exemplo de Amor incondicional a alguém, e onde este alguém é cada um de nós; JESUS CRISTO.

“Aspirai os dons mais altos”


Pe. Carlos Eduardo Elias

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