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Os Padrinhos do Batismo

Muito além de um simples gesto, uma responsabilidade.


Diz o Catecismo da Igreja Católica :


1255. – Para que a graça batismal possa desenvolver-se, é importante a ajuda dos pais. Esse é também o papel do padrinho e da madrinha, que devem ser pessoas de fé sólida, capazes e preparados para ajudar o novo batizado, criança ou adulto, no seu caminho de vida cristã. Toda a comunidade eclesial tem uma parte de responsabilidade no desenvolvimento e defesa da graça recebida no Batismo.


Os Padrinhos do Batismo, vão ao mesmo tempo representar toda a comunidade da Igreja e comprometer-se juntamente com os pais, no cumprimento das promessas do Batismo de seus afilhados. Portanto, a sua tarefa específica é a de ajudarem os pais na educação cristã de seus filhos e afilhados, lembrando-lhes os seus deveres se eles os não estão a cumprir, e substitui-los na medida do possível, nesse mesmo trabalho e compromisso, se eles faltarem.


Diz o Direito Canônico :

872. – Dê-se, quanto possível, ao batizando um padrinho, cuja missão é assistir na iniciação cristã ao adulto batizando, e, conjuntamente com os pais, apresentar ao Batismo a criança a batizar e esforçar-se por que o batizado viva uma vida cristã consentânea com o Batismo e cumpra fielmente as obrigações que lhes são inerentes.


Como Padrinhos, portanto, têm muita responsabilidade e, por isso, será de ter em conta que os Padrinhos não sejam muito mais velhos que os pais. Como só é exigido um Padrinho ou Madrinha, se houver outra pessoa que não qualifique para Padrinho ou Madrinha, pode ser aceite como simples testemunha, embora de futuro lhe venham a chamar Padrinho ou Madrinha.


Padrinho significa propriamente na nossa língua popular Paizinho; e tem por missão o cuidar da vida sobrenatural de seus afilhados, ajudando-os a conservar e aumentar a graça do seu Batismo.


Na Igreja primitiva era o Padrinho que apresentava o candidato ao Batismo, garantindo, não apenas a sua conduta na vida, mas também a sua firmeza na adesão à Religião de Cristo.


Segundo as leis da Igreja e de acordo com o Rito do Batismo, o Padrinho, ou Madrinha deve satisfazer aos seguintes requisitos :


l) Deve ser suficientemente maduro para que possa tomar a responsabilidade de testemunhar a fé de um adulto convertido, ou de professar, juntamente com os pais, a Fé da Igreja em que a criança vai ser batizada.


2) Deve estar em condições de poder ajudar os pais, na medida do necessário e possível, a dar à criança uma boa educação cristã.


3) Deve ter já recebido o Batismo, a Confirmação e a Eucaristia. (Os Sacramentos da Iniciação cristã).


4)- Deve ser designado pelo próprio batizado ou pelos pais ou por quem faz as vezes destes ou, na falta deles, pelo pároco ou ministro, e possua aptidão e intenção de desempenhar este dever irrenunciável.


5)- Deve ser membro da Igreja Católica com uma prática da vida cristã de harmonia com os compromissos que vai tomar.


6)- Deve ter, pelo menos 16 anos, a não ser que uma razão de valor aconselhe que seja mais novo.


7)- Não esteja abrangido por nenhuma pena canônica legitimamente aplicada ou declarada.

8)- Não pode ser o Pai nem a Mãe da criança. (CCL 874).


Na prática, infelizmente, muitos destes requisitos não existem porque há muitos padrinhos que não praticam e só vão à Igreja no dia do Batismo do seu afilhado.


Diz o Direito Canônico :

874 § 2. O batizado pertencente a uma comunidade eclesial não católica só se admita juntamente com um padrinho católico e apenas como testemunha do Batismo.


Porque o Batismo é um Sacramento e a Igreja o quer administrar dentro de toda a sua santidade, nunca serão de mais os esforços empregados para que, por parte dos Padrinhos, haja também toda a seriedade .


Com efeito, o Batismo é um renascimento (para a vida da graça). Ora, pelo Batismo a Igreja torna-se mãe espiritual do batizado e os Padrinhos, pela sua ajuda aos pais e pelo seu compromisso espiritual, tornam-se os pais espirituais de seus afilhados.


Por esta razão, Pais e Padrinhos ficam a tratar-se por Compadres e Comadres. Nos meios cristãos em que é uso os filhos beijarem a mão aos seus pais, também depois o fazem aos seus Padrinhos como gesto de cumprimento.




John Nascimento

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